Impacto Econômico da Contratação Eficiente com Consultorias de R&S e RPO

Cenário atual e desafios do mercado de trabalho

Mesmo em um cenário de retomada econômica (em 2023 foram criados 1,48 milhão de novos empregos formais no Brasil e a taxa de desemprego caiu para 7,6% no início de 2024) persiste uma grave escassez de talentos qualificados em áreas estratégicas. No setor de tecnologia, projeta-se um déficit de mais de 400 mil profissionais de TI até 2025, e 60% das empresas globais apontam falta de mão de obra qualificada como barreira para suas metas de transformação digital. Esse paradoxo (muitos candidatos em busca de vagas, mas poucos com o perfil certo) intensifica a “guerra por talentos”. Nesse contexto competitivo, organizações de grande porte vêm recorrendo a consultorias especializadas (R&S e RPO) como estratégia para acelerar contratações e melhorar a qualidade das seleções.

Tempo médio de contratação: com e sem consultorias

O tempo tradicional para preencher uma vaga no Brasil é elevado. Estudos indicam que a duração média do processo seletivo chega a cerca de 40 dias, podendo ultrapassar 50 dias em posições especializadas de tecnologia. Em contrapartida, empresas que adotam RPO relatam ganhos expressivos de agilidade. Por exemplo, organizações usuárias de RPO registraram redução de até 55% no tempo de contratação. Casos práticos confirmam: uma empresa global do setor de higiene pessoal, ao implantar RPO, reduziu em aproximadamente 30% o seu tempo médio de contratação. Esses processos mais rápidos são fundamentais para não perder talentos: no Brasil, por exemplo, os melhores candidatos ficam disponíveis apenas cerca de 10 dias no mercado antes de serem absorvidos por outra empresa. Em suma, o uso de consultorias especializadas pode encurtar em dezenas de dias os ciclos de contratação, preenchendo vagas críticas muito mais rapidamente.

Redução de custos operacionais e de recrutamento com RPO

Além da velocidade, o outsourcing de recrutamento tende a diminuir os custos envolvidos. Estudos indicam que manter uma estrutura interna ampla de recrutamento é significativamente mais caro: por exemplo, um relatório da Toggl estima que o custo anual de um time interno robusto gira em torno de US$ 525.480, enquanto um programa de RPO custaria apenas cerca de US$ 311.220 (uma economia de ~40%). Na prática, o custo por contratação com RPO costuma ser bem menor: cerca de US$ 8.961 por vaga, contra US$ 14.318 em média para equipe interna. Essa economia decorre de ganhos de escala e eficiência (recrutadores especializados, bancos de talentos e tecnologia avançada), além de reduzir a dependência de caro consultoria temporária ou horas extras internas.

Vagas em aberto por muito tempo também geram despesas indiretas: segundo estimativas do setor, cada posição não preenchida custa em média US$ 500 por dia em perdas de produtividade e serviços não executados. Ao acelerar o preenchimento com RPO, as empresas evitam esse custo diário e convertem despesas fixas de RH em custos variáveis ajustados à demanda. De fato, uma pesquisa global da Deloitte mostrou que a redução de despesas é o principal motivo para terceirizar processos empresariais. Graças a isso, organizações economizam recursos significativos de recrutamento e operação ao optar por RPO.

Produtividade e engajamento ao contratar mais rápido e certo

Contratações realizadas de forma ágil e assertiva geram ganhos diretos de engajamento e produtividade. Colaboradores satisfeitos com seu cargo são, em média, 31% mais produtivos e 85% mais eficientes do que aqueles insatisfeitos. Além disso, processos seletivos ágeis mantêm o interesse dos candidatos de alto potencial: estudos apontam que apenas 18% dos profissionais estão plenamente engajados no trabalho, enquanto 60% “fazem o mínimo necessário” (quiet quitting). Ao preencher vagas críticas rapidamente com profissionais alinhados ao perfil da empresa, reduz-se o nível de desmotivação da equipe (que sofre sobrecarga) e aumenta-se o moral geral. Em última análise, pessoas certas nos lugares certos, contratadas em tempo hábil, proporcionam ganhos concretos: maior satisfação, menor absenteísmo e maior foco nas metas – impactos estes refletidos positivamente na produtividade organizacional.

Turnover e custo da má contratação

O Brasil já apresenta índices de rotatividade elevados, agravando o impacto financeiro de contratações inadequadas. Estudos mostram que o País lidera o ranking mundial de turnover, com cerca de 3,79% de rotatividade mensal na média. Setores de alta rotatividade (varejo, TI, etc.) registram ainda números maiores. Cada saída inesperada impõe novos custos: substituições frequentes oneram contratação, integração e treinamento. De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, uma “má contratação” pode custar pelo menos 30% do salário anual do colaborador, chegando a até 150% em posições sênior. No Brasil, onde o tempo médio de permanência no emprego formal é inferior a dois anos, esses custos se acumulam rapidamente. Portanto, um recrutamento mais preciso (típico de consultorias especializadas) reduz turnover e evita prejuízos altos: tanto diretos (recrutamento extra, demissões) quanto indiretos (quedas de moral e produtividade).

Comparativo de ROI: recrutamento interno vs consultorias/RPO

Ao comparar o retorno sobre o investimento (ROI) entre modelos de contratação, o RPO mostra vantagens claras. Por exemplo: segundo levantamento da Toggl, manter uma equipe interna completa de TA custa 1,6 vezes mais que terceirizar o recrutamento. Em números, o custo por contratação é cerca de 37% maior internamente (US$ 14.318 vs US$ 8.961 com RPO). Adicionalmente, relatórios do setor apontam ganhos de eficácia com o RPO: clientes de RPO alcançam 50% mais volume de candidatos qualificados e chegam 66% mais rápido à etapa de entrevista. Em caso real, uma empresa global reduziu de 100 para cerca de 70 dias seu time-to-hire após adotar RPO.

Por sua vez, o recrutamento interno tradicional enfrenta custos mais altos e escalabilidade limitada – o que torna difícil justificar orçamentos elevados em períodos de pico. Já o modelo de consultoria/RPO converte esses custos em taxas por vaga contratada, além de prover talento especializado sob demanda. Em suma, numericamente as análises de ROI favorecem o RPO: redução expressiva no custo por contratação, maior rapidez no preenchimento e melhor qualidade no recrutamento geram mais resultados tangíveis do que o modelo 100% interno. Esses ganhos quantitativos tornam o investimento em consultoria de R&S atrativo para decisores de RH, finanças e alta gestão que buscam eficiência em recrutamento.

Fontes: Dados de institutos internacionais e do mercado brasileiro (Glassdoor, Deloitte, Wellhub/Gympass, entre outros) foram usados para embasar cada argumento.

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