A pandemia global teve um impacto profundo em todos os aspectos da vida cotidiana, especialmente no ambiente de trabalho e no desenvolvimento profissional da Geração Z. Com 46% dos jovens trabalhadores expressando dificuldades em alcançar seus objetivos educacionais ou profissionais devido ao isolamento social, e 51% sentindo-se despreparados pela educação para entrar na força de trabalho, a pandemia revelou lacunas significativas nas habilidades sociais essenciais.
As competências interpessoais, como a capacidade de negociação, networking, falar em público com confiança e desenvolver resiliência social, são fundamentais não só para o sucesso individual, mas também para o crescimento e a inovação organizacional. A erosão dessas habilidades essenciais, agravada pela pandemia, apresenta desafios para as organizações que buscam talentos num mercado de trabalho competitivo e restrito.
Além disso, a redução geral das competências sociais, o esgotamento e a insegurança no trabalho, todos exacerbados pela pandemia, impactam negativamente o desempenho organizacional. Neste contexto, torna-se imperativo para os líderes empresariais não só reconhecer essas mudanças, mas também adotar estratégias proativas para abordá-las. Investir na saúde mental dos funcionários, repensar o que significa o profissionalismo na era moderna e adaptar-se às novas realidades do ambiente de trabalho são passos críticos para superar esses desafios.
O momento atual oferece uma oportunidade única para as organizações se diferenciarem como empregadores de escolha, concentrando-se em atrair talentos desejados, promovendo um ambiente de trabalho que valoriza a saúde mental e a ética no uso de novas tecnologias de RH.
Em sua pesquisa recente a Gartner divulgou alguns caminhos que podem ser utilizados pelas organizações e suas lideranças para minimizar os impactos sofridos na “Era das Skills”, oferecendo uma nova via para aquisição ou aprimoramento de competências essenciais. A abordagem baseada em adjacências de habilidades envolve três imperativos:
1. Identificar habilidades em toda a organização, não apenas por funções individuais.
2. Utilizar adjacências de habilidades para guiar o aprimoramento e recrutamento de talentos atuais e potenciais, preenchendo lacunas críticas de competências.
3. Promover a mobilidade de talentos entre funções, identificando habilidades de “degrau” que conectam lacunas de competências em toda a organização.
O relatório também discute como a digitalização está mudando rapidamente as necessidades de habilidades, com novas competências emergindo, habilidades evoluindo e outras se tornando obsoletas. Diante de uma intensa competição por talentos críticos e baixas taxas de desemprego para profissionais especializados, as organizações estão desafiadas a encontrar e desenvolver o talento necessário para seus objetivos digitais.
Ao focar em habilidades adjacentes, os líderes de RH podem oferecer caminhos de aprimoramento para seus funcionários, preenchendo as lacunas de competências e promovendo a mobilidade funcional, o que, por sua vez, contribui para o crescimento e sucesso dos negócios em ambientes cada vez mais digitais.
À medida que avançamos para 2024 e além, enfrentamos a tarefa urgente de redefinir e adaptar nossas estratégias de desenvolvimento de talentos para alinhar com as necessidades e expectativas da força de trabalho emergente. A Geração Z está no palco central do mundo corporativo, e as organizações que reconhecem e abordam proativamente as lacunas de habilidades e bem-estar estarão melhor posicionadas para prosperar em um ambiente de negócios em constante evolução.
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Fonte: https://www.gartner.com/en/articles/9-future-of-work-trends-for-2023
